Não vamos comparar os filósofos e as doenças, mas há
doenças propriamente filosóficas. O idealismo é a doença
congênita da filosofia platônica e, com seu cortejo de
ascensões e de quedas, a forma maníaco-depressiva da
própria filosofia. A mania inspira e guia Platão. A dialética
é a fuga das Idéias, a Ideenflucht; como Platão diz da Ideia,
“ela foge ou ela perece...”. E mesmo na morte de Sócrates há
algo de um suicídio depressivo (DELEUZE, 1998, p. 131).
DELEUZE, G. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Benivaldo do Nascimento Junior
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